terça-feira, 7 de julho de 2009

Deus é pop?


“O movimento liberalista-cristão e neo-pentecostalismo, vira Capa e matéria na Revista Època“.
A matéria revela uma pesquisa feita por um instituto alemão, mostrando
que 95% dos brasileiros entre 18 e 29 anos se dizem religiosos e 65% afirmam ser “profundamente religiosos”. O estudo mostra que o jovem brasileiro é o terceiro mais religioso do mundo, atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos, portanto, o índice de coerência religiosa no Brasil é um dos mais baixos no Mundo. Quando a pesquisa feita pelo instituto perguntou sobre prática de fé, somente 35% dos jovens brasileiros disseram viver de acordo com os preceitos religiosos. Há explicação para isso? Os jovens brasileiros tem fé(positivismo), mas não aceita um pacote institucional de regras e preceitos doutrinários. Em outras palavras, eles querem fé e ao mesmo tempo a liberdade para fazer o que fazem.

A religião modelo

A pesquisa aponta o movimento evangélico como a religião que mais cresce no Brasil frente ao catolicismo e espiritismo e outros. A formula e o segredo deste crescimento ostensivo, seria a forma como se adapta as exigências e os anseios dos jovens(ajuste de valores da sociedade contemporânea). O alternativismo e o liberalismo progressista dos evangélicos, sem dúvida, é um dos principais fatores que explicam a explosão evangélica no país: “o neo-pentecostal aceita coisas que eram impossíveis há três décadas”; afirma a antropóloga Cristina Vital(Instituto de Religião).
Em destaque - igrejas para homossexuais, lésbicas e bissexuais de Jesus, Igreja para lutadores de jiu-jitsu, Comunidade para ex artistas de alguma coisa, metaleiros de Cristo, carnavalescos de Jesus na Sapucaí etc. Com o relaxamento doutrinário e o relativismo cristão em prática, a Igreja Evangélica alcança o pico das atenções religiosas, passando a liderar o apocrifismo cristão e dominar o banalismo que o papismo representou cerca de 1.800 anos.

Bola de neve


Com mais de 20 tatuagens estampadas no corpo, dois piercings no nariz e um alargador de orelha, a paulistana Fernanda Soares Mariana, de 19 anos, parece estar montada para um show de rock. Apenas a Bíblia que ela carrega nos braços sugere outro destino. E Fernanda, a despeito do visual, está pronta mesmo é para encontrar Jesus. “A igreja não pode julgar. Ela tem de estar lá para transformar sua vida, e não sua aparência”, afirma. A igreja que Fernanda escolheu não a julga pelo figurino. Numa noite de domingo, no templo da Bola de Neve Church do Rio de Janeiro, o que se vê são fiéis vestindo bermudas e camisetas com estampas de surfe. Boa parte exibe tatuagens como as de Fernanda. No altar, uma banda toca música gospel, enquanto a vocalista grita o refrão “Jesus é meu Senhor, sem Ele nada sou”. Na plateia, cerca de 300 pessoas acompanham o show em catarse, balançando fervorosamente ao som da música. A diaconisa Julia Braz, de 18 anos, sobe ao palco de cabelo escovado e roupa fashion. Põe a Bíblia sobre uma prancha de surfe no púlpito e anuncia: “O evangelismo tá bombando!”. Amém.
Cultos voltados para os jovens, como a igreja da Bola de Neve, revelam um fenômeno: mostram que o jovem brasileiro busca formas inovadoras de expressar sua religiosidade? Ou a expressão liberal?

Conclusão

A Igreja Evangélica merece este status “sem gosto“. Sem caráter no que professa e consistência no que exerce. Este universo apostata - reduto de bandidos e Ladrões de fé - mais uma vez vira capa de revista e escândalo. O oportunismo cristão levando o próprio satanás ao cargo de Bispo, Apóstolo, ator de Cristo e a melhor voz do ano: á custa da corrupção espiritual da Igreja. O cristianismo evangélico empregando e profissionalizado pessoas com a arte do não saber da fé. As famosas teses da filosofia iluminista, do relacionismo corporativista-religioso e o da teologia liberal proclamando o edito de como reescrever a fé cristã. Lança o modismo do relativismo moderno, vira modelo influente de ensino apostata para o Papa e para o catolicismo: como ser um pop-star de Cristo para o progresso. Este movimento evangélico faz tudo e de tudo com o nome: Jesus Cristo.
Satisfação para a grande massa problemática que nunca permaneceu nos preceitos doutrinários e verdadeiros da fé cristã, e agora passa ter alternativas para professar um Jesus ao gosto do freguês, sem face natural, deformado e sem sentido bíblico. As largas portas e caminhos que conduzem ao inferno abertas com o alvará do Estado. A cada esquina e rua deste país se abre uma Igreja como uma butique, estimulando as negociatas da fé como se a Igreja fosse uma empresa de grandes negócios, um mercado de ações ou uma bolsa de valores: todos gritando no mesmo tom “quero vender“ um tipo de Jesus. Uma fachada para os colarinhos brancos de Brasília conseguirem um palco de petições de votos e apoio político. A Igreja como uma instituição perfeitamente enquadrada nos termos éticos e constitucionais do modernismo humano. Reduto para imorais, pervertidos, sodomizados, drogados, adúlteros, sonegados, ecumênicos em busca do amor de Deus e da imunidade de serem revelados nas suas obras más ou doutrinados na fé que os contraria. A apostasia liderando a frente do movimento que proclamará o anticristo gospel e o elegerá como o messias de todas religiões. Torna-se elogio, para estes senhores do movimento apostata-Brasil esta afirmação: Adúlteros e adulteras da fé e filhos do diabo !

Edição 578 - 12/06/2009 - Revista Època

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